Marcenaria Olinda: a madeira como gesto, tempo e território
Para Fernando Ancil, a madeira não é apenas um material a ser manipulado, mas uma linguagem a ser escutada. Suas veias, fissuras e cheiros são registros de um tempo não-linear, de uma história que sobrevive à obsolescência industrial. Ao optar exclusivamente por madeiras reaproveitadas, a Marcenaria Olinda estabelece um pacto ético com a matéria: cada móvel, escultura ou instalação carrega em si não apenas um propósito funcional, mas também uma narrativa. É a memória do material, reativada pelo gesto, que define a poética do projeto.
Retratos em foco: o renascimento do humano nas artes visuais
Vivemos uma era marcada pela velocidade e pela superexposição. Imagens são produzidas em uma escala vertiginosa, captadas, editadas e descartadas com a mesma rapidez com que deslizamos os dedos por uma tela.
A pintura como afirmação de si: a poética de Marcio Marianno
Na produção de Marcio Marianno, a pintura se apresenta não apenas como meio expressivo, mas como campo de afirmação existencial e elaboração de memória. Nascido em São Paulo, em 1978, o artista vive e trabalha no centro da cidade, onde mantém seu ateliê e desenvolve uma prática que transita entre a tradição técnica da pintura a óleo e a construção de narrativas visuais profundamente subjetivas. Também atua como educador, ministrando aulas de pintura tanto em seu ateliê quanto em unidades do Sesc, reafirmando seu compromisso com a partilha do conhecimento artístico como prática coletiva e política.